O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi submetido ao procedimento programado para a manhã desta quinta-feira (12.12) com o objetivo de evitar um novo sangramento no cérebro. Conforme a equipe médica, a intervenção foi considerada um sucesso. Ele entrou no centro cirúrgico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por volta das 7h10 e o procedimento durou menos de uma hora.
O médico Roberto Kalil explicou que a técnica não é considerada exatamente uma cirurgia, mas um “procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)” e não vai influenciar na previsão de alta de Lula da Unidade de Terapia Intensiva, prevista para acontecer nesta quinta-feira.
Kalil também fez questão de reiterar que o procedimento faz parte do protocolo pós-cirúrgico. “Conseguimos embolizar a artéria e o presidente está acordado e conversando”, afirmou o médico.
Lula viajou de Brasília a São Paulo para fazer uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira (10.12) para conter uma hemorragia intracraniana. O problema ainda é resultado da queda que ele sofreu em outubro passado no banheiro do Palácio da Alvorada.
O presidente tem 79 anos e sua saúde é motivo de preocupação, porém o médico informou que ele está bem e não apresenta qualquer sequela. Kalil ressaltou que o novo procedimento já vinha sendo discutido pela equipe e que consistiu numa “intervenção de baixo risco”.
Trata-se, segundo ele, de um tipo de cateterismo para embolizar a artéria meníngea porque quando se drena um hematoma — como ocorreu com o presidente — existe uma pequena possibilidade de, no futuro, as artérias da meninge causarem um pequeno sangramento.
O médico não falou em qualquer mudança na previsão inicial, que é de retorno do presidente a Brasília no começo da próxima semana. Porém, por orientação da equipe do Sírio Libanês, Lula está proibido de receber visitas de trabalho no hospital até ficar completamente recuperado.