Neste final de semana, os advogados de Leonardo Rodrigues de Jesus — conhecido como Léo Índio — apresentaram ao Supremo Tribunal Federal um documento emitido pelo governo argentino, concedendo a ele estadia provisória no país até 4 de junho. Primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Léo Índio é réu por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Ele saiu do país sem autorização do STF e afirmou, na última semana, por meio de um vídeo, que aguarda retorno sobre o pedido de asilo que fez àquele país.
A peça jurídica dos seus advogados de defesa foi apresentada ao STF depois que o relator dos processos referentes aos atos de 8 de janeiro, ministro Alexandre de Moraes, estabeleceu prazo de 48 horas para que fossem esclarecidas as informações sobre sua suposta evasão do Brasil. Em entrevista, Índio confirmou que deixou o país e seguiu para a Argentina.
Os advogados entregaram, também, documento assinado por um delegado de migração que garante moradia provisória para ele, permitindo-lhe exercer atividades remuneradas, além de trabalhar, estudar e acessar os serviços públicos na Argentina.
Na última quinta-feira (27/03), a 1ª Turma do STF negou recurso dos seus advogados no qual foi pedido o arquivamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra ele. Léo Índio faz parte do grupo acusado pela PGR de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, crimes previstos no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional.