A defesa do general Walter Braga Netto pediu ao Supremo Tribunal Federal a devolução de aparelhos eletrônicos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado (Pet 121000).
Entre os itens estão o celular, pendrives e computador, apreendidos em quatro endereços vinculados a Braga Netto, em 8 de fevereiro de 2024. A defesa argumenta que os aparelhos já foram periciados e que o material obtido foi utilizado para elaboração do relatório final da PF que indiciou o general e outras 39 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As investigações apontaram indícios de que o militar tinha papel de liderança e atuou na organização e financiamento do plano golpista.
Ex-ministro de Bolsonaro (PL), Braga Netto está preso preventivamente desde 14 de dezembro. O militar é suspeito de tentar obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A prisão foi decretada após a PF argumentar que sua liberdade poderia representar risco à ordem pública, já que ele teria condições de interferir na investigação.