A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a Justiça Eleitoral dará uma resposta rápida à notícia- crime protocolada por Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na manhã deste domingo, sem apresentar provas, Tarcísio disse que o PCC teria orientado e incentivado votos em Boulos, na capital paulista. O candidato do Psol acionou a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal contra o governador de São Paulo.
A ministra confirmou que a Justiça Eleitoral já tem ciência sobre a notícia-crime, embora não tenha citado o nome dos envolvidos. “A Justiça Eleitoral tem prazo curtíssimo e assim será dada a resposta”, afirmou, durante balanço das eleições deste domingo.
“Temos hoje um sistema de alerta, com assessoria de enfrentamento à desinformação, que encaminha todas as notícias recebidas. A investigação é conduzida pelas instituições competentes, em parte pelo Ministério Público para decidir se é caso de denúncia. Se for, segue o processo penal eleitoral regular”, disse.
Ainda na entrevista, a ministra disse que o segundo turno ocorreu com tranquilidade, “de absoluto respeito às pessoas, com pouquíssimas ocorrências”. “Essa eleição dá a demonstração de que clima de violência, intolerância, as desinformações tentando recriar, inventar e fraudar dados para compelir eleitoras e eleitores são algo fora do comum, fora da regularidade democrática”, completou.
Cresce abstenções
Neste domingo, mais de 33 milhões de eleitores foram às urnas escolher prefeitos e vice-prefeitos em 15 capitais e outros 36 municípios em 20 estados. O percentual de abstenção subiu de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segundo.
“Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”, avaliou Cármen Lúcia.