O balanço do primeiro turno das eleições, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, mostra que foram registrados 2.618 crimes eleitorais, dentre os quais boca de urna (1.057 casos); compra de votos e corrupção eleitoral (423); propaganda eleitoral irregular (309); violação ou tentativa de violação do sigilo de voto (203); e desobediência a ordens da Justiça Eleitoral e (64).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública também divulgou que foram efetuadas 515 prisões ao longo do dia. E apreendidos mais de R$ 520 mil em dinheiro vivo. O valor é referente apenas ao volume de recursos apreendido neste domingo (06.10). O total apreendido desde o primeiro dia de campanha chega a pouco mais de R$21 milhões.
No dia da votação, policiais também confiscaram 47 veículos que estavam sendo utilizados para o transporte irregular de eleitores e 28 armas de fogo.
Ao comentar esses dados, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, disse que diante da comparação feita pelas forças de segurança de que o volume de dinheiro vivo apreendido (R$ 21 milhões) é bem maior do que o apreendido nas eleições de 2022 (que foi de R$ 5 milhões) e de 2020 (R$ 1 milhão), o caso é preocupante.
“Nós não tínhamos antes desta eleição dados tão concretos sobre dinheiro utilizado com intenção de comprar votos nas eleições. Daqui para a frente vamos nos esmerar, em conjunto com o Ministério Público, para cada vez mais ter dados detalhados e tentar inibir esse tipo de crime rapidamente”, enfatizou a ministra.
Conforme divulgado pela Polícia Federal, a partir das investigações realizadas, parte desse dinheiro seria utilizado em supostos esquemas de compra de votos.
Em relação às urnas que deram problemas, os dados do primeiro balanço do TSE foram de que 1,9 mil precisaram ser substituídas.